METODOLOGIA E ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS DO ENSINO DE MATEMÁTICA

 AULA 1 

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA 

A disciplina de Metodologia e Orientações Didáticas do Ensino de Matemática tem como objetivo apresentar metodologias e os principais documentos curriculares para o ensino de Matemática nos anos iniciais do ensino fundamental. Dividida em três unidades, aborda desde os fundamentos epistemológicos e históricos até as operações matemáticas e os transtornos de aprendizagem na área.

Na primeira unidade, são discutidas as abordagens dos fundamentos epistemológicos, históricos e metodológicos, incluindo a alfabetização matemática, as operações de pensamento, o ensino nos documentos curriculares e a história do ensino de Matemática. Métodos de ensino também são explorados nesse contexto.

A segunda unidade concentra-se nas operações matemáticas, como números e contagem, as quatro operações básicas e conceitos de geometria, fundamentais para a construção do conhecimento matemático.

Por fim, a terceira unidade aborda os transtornos de aprendizagem na Matemática, como discalculia, autismo e deficiência intelectual, destacando a importância de estratégias diferenciadas para atender às necessidades dos alunos.

O processo avaliativo da disciplina inclui a elaboração de um paper, avaliação escrita com questões discursivas e objetivas, simulados e provas, distribuídos ao longo do semestre letivo. Essa variedade de instrumentos permite uma avaliação abrangente e justa do aprendizado dos estudantes.

CALENDÁRIO DE AVALIÇÕES

Atividade extra para matriculados valendo 1 - 22/02/2024

Paper valendo 3 - 28/03/2024

Av 1 - Valendo 7 - 04/04/2024

Simulanassau - 13/04/2024

Av2 - Valendo 10 - 06/06/2024

2ch - 13/06/2024

Prova Final - 20/06/2024

Um paper, também conhecido como artigo curto, é um tipo de texto acadêmico que apresenta uma análise, discussão ou pesquisa sobre um tema específico. Geralmente, é mais curto e mais informal do que um artigo científico tradicional, mas ainda assim segue uma estrutura e metodologia de pesquisa.

A estrutura de um paper geralmente inclui:

1. Introdução: Apresenta o tema e o problema de pesquisa, justificando a relevância do estudo. Também inclui os objetivos do trabalho e, às vezes, uma breve revisão da literatura relevante.

2. Metodologia: Descreve os métodos utilizados na pesquisa, incluindo detalhes sobre o design do estudo, coleta e análise de dados.

3. Resultados: Apresenta os principais resultados da pesquisa de forma clara e objetiva, muitas vezes usando tabelas, gráficos ou outros elementos visuais para auxiliar na compreensão.

4. Discussão: Interpretação dos resultados em relação à literatura existente, destacando suas implicações e contribuições para o campo de estudo. Também pode incluir limitações do estudo e sugestões para pesquisas futuras.

5. Conclusão: Resumo dos principais pontos do estudo, enfatizando suas contribuições e possíveis aplicações práticas.

MODELO PAPER

QUESTIONÁRIO DE PESQUISA

TEXTO BASE DA PESQUISA

Com esse conteúdo e formato de avaliação, espera-se que os alunos desenvolvam uma compreensão sólida dos princípios metodológicos do ensino de Matemática e estejam preparados para aplicar esses conhecimentos na prática pedagógica.

TEXTOS DA DISCIPLINA

SLIDES DA AULA 1

Vamos testar nossos pensamento lógico-matemático?

DESAFIO LÓGICO!


Aula 2 

Alfabetização Matemática 

A história da Matemática é uma jornada fascinante que se estende por milhares de anos, desde as civilizações antigas até os avanços contemporâneos. Ao longo desse percurso, testemunhamos a evolução das representações matemáticas, desde números naturais até conceitos mais abstratos. Os primeiros registros numéricos datam de sociedades como os sumérios e os egípcios, que utilizavam símbolos para contar e realizar operações simples. Com o tempo, surgiram sistemas numéricos mais complexos, como o sistema decimal indo-arábico, que revolucionou a Matemática ao introduzir a notação posicional e facilitar cálculos aritméticos.



A Matemática é uma linguagem universal que transcende fronteiras culturais e linguísticas. Assim como as palavras nos permitem comunicar ideias e expressar pensamentos, os símbolos matemáticos possibilitam a representação e a análise de padrões, relações e quantidades. Por exemplo, os números, operadores matemáticos e símbolos algébricos são ferramentas fundamentais para descrever fenômenos quantitativos e resolver problemas em diversas áreas do conhecimento.



A alfabetização matemática, conforme defendido por Danyluk (1988), envolve a compreensão e a expressão das primeiras noções de aritmética, geometria e lógica. Isso implica não apenas em reconhecer números e realizar operações básicas, mas também em interpretar e comunicar ideias matemáticas de forma clara e coerente. Nesse contexto, o trabalho com a Matemática deve ser orientado pela contextualização, historicização e enredamento, como proposto por Souza (2003). Isso significa situar o conhecimento matemático em seu contexto de aplicação, compreender sua evolução histórica e envolver o aluno ativamente na construção do saber matemático.

Vygotsky (2009) destaca a complexidade do processo de desenvolvimento dos conceitos matemáticos, ressaltando a importância de funções psicológicas como atenção, memória, abstração e comparação. Para promover esse desenvolvimento, Souza (2009) propõe o uso de materiais sensoriais ou de manipulação, que permitem ao aluno explorar conceitos matemáticos de forma concreta e intuitiva. Um exemplo clássico desse tipo de material é o ábaco, um instrumento milenar que auxilia no ensino da contagem, operações aritméticas e conceitos básicos de matemática.

Assim, a utilização do ábaco como estratégia de ensino e alfabetização matemática proporciona uma experiência tangível e interativa, permitindo aos alunos desenvolverem habilidades matemáticas de forma gradual e significativa. Essa abordagem, aliada à contextualização, historicização e enredamento, contribui para uma aprendizagem mais sólida e abrangente, preparando os estudantes para enfrentar desafios matemáticos com confiança e compreensão.


VAMOS CRIAR?!

A seguir duas propostas de construção de ábacos para uso em sala de aula com materiais reciclavéis. Produza o seu e nos apresente na próxima aula.

PROPOSTA 1

PROPOSTA 2

LEITURA COMPLEMENTAR SOBRE ALFABETIZAÇÃO MATEMÁTICA

SLIDES DA AULA 2

Exercícios da Aula 2

1. Qual é o objetivo da alfabetização matemática, de acordo com Danyluk (1988)?

a) Reconhecer apenas números.

b) Realizar operações básicas.

c) Interpretar e comunicar ideias matemáticas de forma clara e coerente.

d) Resolver problemas complexos em diversas áreas do conhecimento.

e) Desenvolver habilidades linguísticas.


2. Segundo a aula 2, qual é a importância da contextualização no ensino da Matemática, conforme proposto por Souza (2003)?

a) Situar o conhecimento matemático em seu contexto de aplicação.

b) Isolar o conhecimento matemático de seu contexto de aplicação.

c) Ignorar a evolução histórica da Matemática.

d) Focar apenas em problemas abstratos.

e) Limitar o aluno apenas a cálculos simples.


3. Quais são as funções psicológicas destacadas por Vygotsky (2009) como importantes para o desenvolvimento dos conceitos matemáticos?

a) Atenção, memória, abstração e comparação.

b) Visão, audição, olfato e tato.

c) Leitura, escrita, oralidade e raciocínio lógico.

d) Imaginação, criatividade, expressão e comunicação.

e) Planejamento, organização, execução e avaliação.


4. Qual é o exemplo clássico de material sensorial ou de manipulação mencionado na aula 2?

a) Caderno.

b) Lápis.

c) Borracha.

d) Ábaco.

e) Calculadora.


5. O que a utilização do ábaco como estratégia de ensino proporciona aos alunos, de acordo com a aula 2?

a) Uma experiência passiva.

b) Desenvolvimento de habilidades matemáticas de forma complexa.

c) Aprendizagem rápida e superficial.

d) Desenvolvimento de habilidades matemáticas de forma gradual e significativa.

e) Aprendizagem apenas teórica.


6. Como a abordagem do texto contribui para uma aprendizagem mais sólida e abrangente?

a) Focando apenas em problemas abstratos.

b) Ignorando a contextualização.

c) Promovendo uma experiência tangível e interativa.

d) Limitando o aluno a cálculos simples.

e) Desenvolvendo apenas habilidades linguísticas.


7. De acordo com a aula 2, a Matemática é uma linguagem:

a) Limitada a fronteiras culturais.

b) Incompreensível.

c) Universal que transcende fronteiras culturais e linguísticas.

d) Complexa e inacessível.

e) Reduzida apenas a operações básicas.


8. Qual é o principal objetivo do trabalho com a Matemática nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, de acordo com a aula 2?

a) Desenvolver habilidades linguísticas.

b) Promover uma aprendizagem rápida e superficial.

c) Proporcionar uma experiência tangível e interativa.

d) Situar o conhecimento matemático em seu contexto de aplicação.

e) Preparar os estudantes para enfrentar desafios matemáticos com confiança e compreensão.


 AULA 3 

AS OPERAÇÕES DE PENSAMENTO 

As operações de pensamento desempenham um papel fundamental no processo de aprendizagem, permitindo aos alunos compreender e assimilar novos conhecimentos de maneira significativa. Dentre essas operações, destacam-se a comparação, o resumo, a observação, a classificação, a interpretação, a crítica, a busca de suposições, a imaginação, a obtenção e organização dos dados, o levantamento de hipóteses, a aplicação de fatos e princípios a novas situações, a decisão e o planejamento de projetos e pesquisas.

A comparação é uma operação que envolve examinar dois ou mais objetos ou processos para identificar relações mútuas, pontos de acordo e desacordo. Por meio dela, os alunos podem superar a simples recordação e se envolver de forma mais ativa no processo de aprendizagem. Por exemplo, ao comparar diferentes espécies de animais, os alunos podem identificar semelhanças e diferenças em suas características físicas e comportamentais.

O resumo, por sua vez, consiste em apresentar de forma condensada a substância do que foi apreciado. Pode ser combinado com a comparação para destacar os pontos mais relevantes das informações analisadas. Por exemplo, ao estudar um texto sobre um tema específico, os alunos podem fazer um resumo das ideias principais para facilitar a compreensão e retenção do conteúdo.

A observação é outra operação essencial, que envolve prestar atenção em algo e estudá-lo cuidadosamente. Ela permite aos alunos identificar detalhes importantes e coletar informações relevantes para análise. Por exemplo, ao realizar um experimento científico, os alunos podem observar cuidadosamente os resultados para tirar conclusões precisas sobre o fenômeno estudado.

A classificação, por sua vez, consiste em colocar em grupos os objetos ou processos conforme princípios que dão ordem à existência. Envolve análise e síntese, permitindo aos alunos chegar a conclusões próprias. Por exemplo, ao estudar os diferentes tipos de animais, os alunos podem classificá-los com base em suas características comuns, como habitat, alimentação e locomoção.

A interpretação é o processo de atribuir ou negar sentido à experiência, exigindo argumentação para defender o ponto proposto. Ela envolve respeito aos dados e atribuição de importância, causalidade, validade e representatividade. Por exemplo, ao analisar um gráfico de dados, os alunos podem interpretar as tendências e padrões apresentados e tirar conclusões sobre o fenômeno estudado.

A crítica é a operação que efetiva julgamento, análise e avaliação, realizando o exame crítico das qualidades, defeitos e limitações. Ela segue referência a um padrão ou critério estabelecido. Por exemplo, ao ler um texto argumentativo, os alunos podem avaliar a validade dos argumentos apresentados e identificar pontos fracos na lógica do autor.

A busca de suposições envolve aceitar algo sem discussão, podendo ser verdadeiro ou falso. Após um exame cuidadoso, os alunos podem verificar quais suposições são decisivas, o que exige discriminação. Por exemplo, ao analisar um problema matemático, os alunos podem fazer suposições iniciais para orientar sua solução.

A imaginação é uma forma de criatividade que permite aos alunos perceber mentalmente o que não foi totalmente percebido. Ela vai além da realidade e da experiência, introduzindo flexibilidade às formas de pensamento. Por exemplo, ao discutir soluções para um problema ambiental, os alunos podem imaginar novas abordagens e soluções inovadoras.

A obtenção e organização dos dados são a base de um trabalho independente, exigindo objetivos claros e análise criteriosa das informações coletadas. Requerem identificação, comparação, análise, síntese, resumo, observação, classificação, interpretação, crítica, suposições e imaginação, entre outras operações.

O levantamento de hipóteses consiste em propor algo como possível solução para um problema, sendo uma forma de fazer algo e um esforço para explicar como algo atua. As hipóteses constituem um desafio interessante para o pensamento dos alunos, estimulando a criatividade e a busca por soluções inovadoras.

A aplicação de fatos e princípios a novas situações permite aos alunos solucionar problemas e desafios, aplicando aprendizados anteriores e utilizando a capacidade de transferências, aplicações e generalizações ao problema novo.

Por fim, a decisão envolve agir a partir de valores aceitos e adotados na escolha, possibilitando a análise e consciência dos mesmos. A escolha é facilitada quando há comparação, observação, imaginação e crítica, por exemplo.

O planejamento de projetos e pesquisas, por sua vez, é essencial para lançar ideias e intenções, utilizando-se de esquemas preliminares, planos, definição de tarefas, etapas e cronograma. Requer identificação, comparação, resumo, observação, interpretação, busca de suposições, aplicação de princípios, decisão, imaginação e crítica, entre outras operações.

Essas operações de pensamento desempenham um papel fundamental no processo de aprendizagem, permitindo aos alunos desenvolver habilidades cognitivas e analíticas essenciais para compreender e assimilar novos conhecimentos de maneira significativa. Ao integrar essas operações em atividades de ensino, os educadores podem promover o pensamento crítico, a criatividade e a resolução de problemas, preparando os alunos para enfrentar os desafios do mundo contemporâneo.

SLIDES AULA 3






Exercícios 

1. Durante uma atividade de ciências, os alunos estão comparando diferentes tipos de rochas. Que operação de pensamento eles estão utilizando?

   - a) Observação

   - b) Classificação

   - c) Interpretação

   - d) Comparação

   - e) Suposição


2. Ao final de uma aula sobre o sistema solar, o professor pede aos alunos que façam um resumo dos planetas do sistema solar. Que operação de pensamento os alunos devem realizar para essa tarefa?

   - a) Crítica

   - b) Resumo

   - c) Observação

   - d) Busca de Suposições

   - e) Classificação


3. Durante uma atividade de laboratório, os alunos estão observando as mudanças que ocorrem durante uma reação química. Que operação de pensamento estão realizando?

   - a) Interpretação

   - b) Observação

   - c) Decisão

   - d) Imaginação

   - e) Levantamento de Hipóteses


4. Durante uma aula de geografia, os alunos estão classificando diferentes tipos de clima de acordo com suas características. Que operação de pensamento estão utilizando?

   - a) Resumo

   - b) Classificação

   - c) Comparação

   - d) Interpretação

   - e) Decisão


5. Durante uma discussão em sala de aula sobre um texto literário, os alunos estão interpretando o significado simbólico dos personagens. Que operação de pensamento estão realizando?

   - a) Imaginação

   - b) Interpretação

   - c) Crítica

   - d) Aplicação de fatos e princípios a novas situações

   - e) Observação


6. Ao analisar um experimento científico, os alunos estão avaliando os procedimentos utilizados e identificando possíveis erros. Que operação de pensamento estão realizando?

   - a) Classificação

   - b) Crítica

   - c) Busca de Suposições

   - d) Decisão

   - e) Planejamento de projetos e pesquisas


7. Durante uma discussão em grupo sobre um problema matemático, os alunos estão propondo possíveis soluções e tentando explicar como chegar a elas. Que operação de pensamento estão realizando?

   - a) Observação

   - b) Levantamento de Hipóteses

   - c) Decisão

   - d) Aplicação de fatos e princípios a novas situações

   - e) Interpretação


8. Durante uma atividade de escrita criativa, os alunos estão imaginando cenários e criando histórias originais. Que operação de pensamento estão utilizando?

   - a) Busca de Suposições

   - b) Imaginação

   - c) Observação

   - d) Comparação

   - e) Classificação


9. Durante uma aula de história, os alunos estão organizando dados sobre diferentes civilizações antigas em um quadro comparativo. Que operação de pensamento estão realizando?

   - a) Planejamento de projetos e pesquisas

   - b) Decisão

   - c) Classificação

   - d) Interpretação

   - e) Resumo


10. Ao realizar uma pesquisa para um trabalho escolar, os alunos estão planejando as etapas do projeto e definindo as tarefas de cada membro do grupo. Que operação de pensamento estão realizando?

   - a) Resumo

   - b) Busca de Suposições

   - c) Planejamento de projetos e pesquisas

   - d) Aplicação de fatos e princípios a novas situações

   - e) Observação


11. Durante uma discussão em sala de aula, os alunos estão tomando decisões sobre o tema a ser abordado em um projeto de pesquisa. Que operação de pensamento estão realizando?

   - a) Decisão

   - b) Comparação

   - c) Levantamento de Hipóteses

   - d) Interpretação

   - e) Crítica


12. Ao analisar um problema matemático complexo, os alunos estão aplicando os princípios aprendidos em situações anteriores para encontrar uma solução. Que operação de pensamento estão realizando?

   - a) Aplicação de fatos e princípios a novas situações

   - b) Interpretação

   - c) Imaginação

   - d) Observação

   - e) Busca de Suposições


13. Durante uma atividade de laboratório, os alunos estão coletando dados e organizando as informações em um gráfico para análise posterior. Que operação de pensamento estão realizando?

   - a) Classificação

   - b) Observação

   - c) Interpretação

   - d) Obtencão e organização dos dados

   - e) Levantamento de Hipóteses


Gabarito:

1. d) Comparação

2. b) Resumo

3. b) Observação

4. b) Classificação

5. b) Interpretação

6. b) Crítica

7. b) Levantamento de Hipóteses

8. b) Imaginação

9. c) Classificação

10. c) Planejamento de projetos e pesquisas

11. a) Decisão

12. a) Aplicação de fatos e princípios a novas situações

13. d) Obtencão e organização dos dados



 AULA 4 

A Matemática na Base Nacional Comum Curricular (BNCC) 

A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um documento que estabelece os conhecimentos, competências e habilidades essenciais que todos os estudantes devem desenvolver ao longo de sua trajetória na educação básica. No componente de Matemática para o ensino fundamental do 1º ao 5º ano, a BNCC apresenta diretrizes fundamentais para orientar o processo de ensino e aprendizagem nessa disciplina crucial para o desenvolvimento cognitivo e socioemocional dos alunos.

Desde o primeiro ano do ensino fundamental, a BNCC enfatiza a importância de proporcionar experiências significativas que promovam a compreensão dos números, das operações matemáticas básicas e dos conceitos geométricos de forma contextualizada e interativa. No decorrer dos anos, os conteúdos vão se ampliando e se aprofundando, possibilitando que os alunos desenvolvam habilidades de resolução de problemas, raciocínio lógico, comunicação matemática e pensamento crítico.

Um dos principais objetivos da BNCC na área de Matemática é garantir que os estudantes se tornem capazes de utilizar o conhecimento matemático para compreender e transformar o mundo ao seu redor. Para isso, são propostas práticas pedagógicas que valorizam a investigação, a exploração de situações-problema, o trabalho colaborativo e a utilização de recursos tecnológicos, visando sempre à construção de significados e à aplicação dos conceitos aprendidos em contextos reais.

Os marcos do desenvolvimento humano do 1º ao 5º ano são levados em consideração para adequar os conteúdos e estratégias de ensino às características e necessidades específicas de cada faixa etária. Nessa fase, é fundamental promover uma progressão didática que respeite o ritmo de aprendizagem de cada aluno, oferecendo desafios adequados ao seu nível de desenvolvimento e incentivando o desenvolvimento de uma atitude positiva em relação à Matemática.

A interação e o estímulo desempenham um papel crucial no neurodesenvolvimento das crianças, e a Matemática oferece inúmeras oportunidades para promover essas experiências enriquecedoras. A BNCC destaca a importância do diálogo, da exploração, da experimentação e da resolução colaborativa de problemas como estratégias para estimular o desenvolvimento cognitivo e socioemocional dos alunos, favorecendo a construção de conhecimentos sólidos e duradouros.

Por fim, a BNCC reconhece a importância da neurodiversidade e da inclusão na educação matemática, valorizando as diferentes formas de pensar, aprender e se expressar dos alunos. Propõe-se uma abordagem inclusiva que respeite as singularidades de cada estudante e promova uma educação matemática acessível, equitativa e de qualidade para todos.

Em suma, a Base Nacional Comum Curricular componente Matemática para o ensino fundamental do 1º ao 5º ano estabelece diretrizes claras e abrangentes para orientar o ensino e a aprendizagem dessa disciplina fundamental, visando o desenvolvimento integral dos alunos e a promoção de uma sociedade mais justa, democrática e inclusiva.

SLIDES COMPETÊNCIAS E HABILIDADES

SLIDES AULA 4

BNCC

DOCUMENTOS CURRICULARES RN


AULA 5

ETNOMATEMÁTICA 

A etnomatemática é uma abordagem que reconhece a diversidade cultural na construção do conhecimento matemático, valorizando as diferentes formas de expressão e aplicação da matemática em contextos culturais diversos. Sua história remonta às décadas de 1960 e 1970, com os trabalhos pioneiros do matemático brasileiro Ubiratan D'Ambrosio, que propôs uma visão mais inclusiva da matemática, considerando-a como um fenômeno cultural.

Essa disciplina não apenas estuda as práticas matemáticas presentes em diversas culturas, mas também busca compreender como essas práticas estão inseridas em contextos sociais, históricos e culturais específicos. A aplicação prática da etnomatemática pode ser observada em diferentes áreas, desde o ensino da matemática nas escolas até a preservação e valorização dos conhecimentos matemáticos tradicionais de comunidades indígenas e grupos étnicos.

Um exemplo de aplicação da etnomatemática é encontrado nas técnicas de construção de estruturas arquitetônicas tradicionais, como as pirâmides do Egito ou as construções em estilo Maia, que envolvem conceitos avançados de geometria e proporção. Outro exemplo é o sistema de numeração Maia, que utiliza um sistema posicional de base 20 e símbolos geométricos, demonstrando uma compreensão sofisticada de numeração e operações matemáticas.

A importância da etnomatemática reside na promoção de uma visão mais ampla e inclusiva da matemática, reconhecendo e valorizando os conhecimentos matemáticos presentes em diferentes culturas. Isso contribui para combater estereótipos culturais em relação à matemática e para promover uma educação matemática mais significativa e contextualizada. Além disso, ao integrar a etnomatemática no ensino, é possível aumentar o engajamento dos alunos e promover uma aprendizagem mais eficaz, conectando os conceitos matemáticos abstratos a experiências concretas e vivências culturais. 

SLIDE AULA 5







AULA 6 

METODOLOGIAS DO ENSINO DA MATEMÁTICA

O ensino de matemática é um desafio constante, e as metodologias utilizadas desempenham um papel fundamental na eficácia do processo de aprendizagem. Dentre as principais metodologias do ensino de matemática, destacam-se as abordagens tradicionais e as metodologias ativas, cada uma com suas características e objetivos específicos.

A abordagem tradicional, também conhecida como ensino expositivo, geralmente se baseia na transmissão de conhecimento pelo professor, seguida de exercícios de fixação para os alunos. Embora seja amplamente utilizada, essa metodologia pode limitar a participação dos estudantes e não favorecer o desenvolvimento de habilidades como o raciocínio lógico e a resolução de problemas de forma autônoma.

Por outro lado, as metodologias ativas buscam promover a participação ativa dos alunos no processo de aprendizagem. Entre elas, destaca-se a resolução de problemas, que incentiva os estudantes a aplicarem os conceitos matemáticos em situações do cotidiano, estimulando o pensamento crítico e a criatividade. Além disso, o uso de jogos e atividades lúdicas pode tornar o aprendizado mais dinâmico e motivador, contribuindo para uma melhor assimilação dos conteúdos.

No contexto da modelagem matemática e do ensino da matemática, as metodologias ativas também desempenham um papel relevante. A modelagem matemática consiste em utilizar situações-problema do mundo real para explorar conceitos matemáticos, permitindo aos alunos uma compreensão mais significativa e contextualizada dos conteúdos. Nesse sentido, o uso de metodologias ativas, como a resolução de problemas e o trabalho em grupo, pode potencializar a aprendizagem, proporcionando aos estudantes uma experiência mais próxima da prática profissional.

Além disso, é importante destacar a distinção entre a matemática pura e a matemática aplicada. Enquanto a matemática pura se dedica ao estudo teórico dos conceitos matemáticos, buscando compreender suas propriedades e relações intrínsecas, a matemática aplicada tem como foco a utilização desses conceitos para resolver problemas do mundo real em áreas como engenharia, física, economia, entre outras. Assim, o ensino de matemática deve contemplar tanto os aspectos teóricos quanto as aplicações práticas, preparando os alunos para enfrentar os desafios do século XXI.

Em suma, a escolha das metodologias de ensino de matemática e a integração da modelagem matemática e das metodologias ativas são fundamentais para promover uma educação matemática de qualidade, que estimule o pensamento crítico, a criatividade e a resolução de problemas, preparando os alunos para os desafios da sociedade contemporânea.




Projeto Aprender a Aprender: Intervenção Psicopedagógica para Crianças e Adolescentes do 6º ao 9º ano

 

O projeto "Aprender a Aprender" visa atender crianças e adolescentes do 6º ao 9º ano do ensino fundamental que apresentam histórico de reprovações em Português e Matemática, com indicativos de transtornos de aprendizagem na aquisição de leitura, escrita e matemática. O objetivo principal é oferecer intervenção psicopedagógica para auxiliar esses estudantes a superarem suas dificuldades e desenvolverem habilidades de aprendizagem mais eficazes.

Os beneficiários do projeto serão divididos em grupos de acordo com as suas necessidades específicas, e cada grupo será acompanhado por uma equipe de interventores, composta por estudantes de pedagogia supervisionados pelo psicopedagogo e neuropsicopedagogo Cláudio Correia de Oliveira Neto. Os encontros quinzenais de planejamento e intervenção serão fundamentais para traçar estratégias personalizadas de acordo com as demandas de cada aluno.

Durante o projeto, os participantes terão a oportunidade de aprender diversas técnicas e práticas da área psicopedagógica. Isso inclui a realização de anamneses detalhadas para compreender o histórico de aprendizagem de cada aluno, observações psicopedagógicas para identificar padrões de comportamento e dificuldades específicas, atividades de rastreio para avaliar o nível de desempenho em leitura, escrita e matemática, intervenções pedagógicas personalizadas para estimular o desenvolvimento das habilidades deficitárias, e elaboração de materiais adaptados conforme as necessidades individuais de cada aluno.

Os atendimentos serão realizados na Escola Municipal Ver. José Sotero, localizada atrás do Atacadão da Zona Norte de Natal. Os horários foram definidos para oferecer flexibilidade aos participantes: as sessões da manhã ocorrerão nas quartas-feiras, das 8h às 11h, enquanto as sessões da tarde serão realizadas nas sextas-feiras, das 13h às 17h.

Acreditamos que o projeto "Aprender a Aprender" será uma oportunidade valiosa para esses estudantes desenvolverem suas habilidades de aprendizagem e alcançarem um melhor desempenho escolar. Estamos comprometidos em fornecer o apoio necessário para que cada aluno possa atingir todo o seu potencial e se tornar um aprendiz mais confiante e bem-sucedido.

LINK DE INSCRIÇÃO: https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLScMCffWZh_U29KCODTzymO7DBvcETDg8G868PTuFtx61-AhGw/viewform?usp=sf_link

Projeto "Aprender a Aprender"

AULA 7 e AULA 8

PROBLEMAS COMO METODOLOGIA DE ENSINO DA MATEMÁTICA 

CONCEITO DE NUMERAÇÃO 

PROBLEMAS COMO DIDÁTICA 

O processo de utilização de problemas matemáticos como metodologia educacional é essencial para promover uma aprendizagem significativa e relevante. Segundo a concepção de trabalho de Candido (2007), a aprendizagem deve envolver a compreensão de significados, estabelecendo relações com experiências anteriores, vivências pessoais e outros conhecimentos. Nesse contexto, os problemas matemáticos desempenham um papel fundamental, pois desafiam os alunos a pensar criticamente, a aplicar conceitos aprendidos em diferentes contextos e a desenvolver habilidades de resolução de problemas.

Ao utilizar problemas matemáticos como metodologia, os alunos são incentivados a se engajar ativamente na busca por soluções, estimulando a curiosidade, a criatividade e a autonomia. Esses problemas devem ser formulados de maneira a desafiar os alunos e a promover a reflexão sobre conceitos matemáticos, incentivando-os a buscar diferentes estratégias de resolução.

Além disso, a utilização de problemas matemáticos como metodologia contribui para modificar comportamentos dos alunos, tornando-os mais proativos e confiantes em suas habilidades matemáticas. Ao enfrentarem desafios e superarem obstáculos, os alunos desenvolvem a perseverança e a resiliência, importantes para o processo de aprendizagem.

É importante ressaltar que os problemas matemáticos devem ser contextualizados e relacionados ao cotidiano dos alunos, tornando a aprendizagem mais significativa e próxima da realidade. Dessa forma, os alunos conseguem visualizar a importância da matemática em suas vidas e perceber como os conceitos estudados podem ser aplicados em diferentes situações, tanto escolares quanto não escolares.

Portanto, o uso de problemas matemáticos como metodologia educacional, conforme preconizado por Candido (2007), proporciona uma aprendizagem mais dinâmica, participativa e eficaz, contribuindo para o desenvolvimento integral dos alunos e para a construção de conhecimentos sólidos em matemática.

O CONCEITO DE NUMERO E O PROCESSO DE NUMERAÇÃO

Constance Kamii, renomada pesquisadora na área da educação matemática, dedicou grande parte de suas investigações ao estudo do conceito de número e seu desenvolvimento na infância. Seu trabalho é fundamental para compreendermos como as crianças constroem a noção de número e as operações matemáticas básicas.

Para Kamii, o conceito de número não deve ser abordado apenas como uma sequência de símbolos ou um processo mecânico de contar, mas sim como uma compreensão profunda das relações quantitativas e das propriedades dos números. Ela defende uma abordagem construtivista, na qual as crianças são incentivadas a explorar e a experimentar conceitos matemáticos por meio de atividades práticas e concretas.

Segundo as pesquisas de Kamii, as crianças constroem o conceito de número gradualmente, passando por diferentes estágios de desenvolvimento. No estágio inicial, elas utilizam estratégias de contagem e agrupamento para representar quantidades. À medida que avançam em seu desenvolvimento cognitivo, começam a compreender as relações entre os números e as operações matemáticas, como adição e subtração.

Uma das contribuições mais importantes de Kamii é a ênfase na importância do jogo e da manipulação de materiais concretos no ensino da matemática. Ela desenvolveu uma série de atividades e jogos educativos que permitem às crianças explorar e internalizar os conceitos matemáticos de forma lúdica e significativa.

Além disso, Kamii destaca a importância de um ambiente de aprendizagem que valorize o diálogo e a interação entre os alunos. Ela acredita que as crianças aprendem melhor quando têm a oportunidade de discutir ideias, compartilhar estratégias e resolver problemas em conjunto.

Em suma, as pesquisas de Constance Kamii oferecem insights valiosos sobre o desenvolvimento do conceito de número na infância e fornecem subsídios importantes para a prática pedagógica. Seu trabalho nos lembra da importância de uma abordagem construtivista e do uso de atividades práticas e lúdicas para promover uma aprendizagem matemática significativa e duradoura.

SLIDES AULA 7 e 8

LISTA DE EXERCÍCIOS

1. Qual é o principal objetivo de uma atividade em que os alunos devem associar os numerais às suas respectivas quantidades de objetos representados em cartões?

a) Desenvolver a habilidade de contar oralmente até 100.

b) Identificar os números escritos de 0 a 9.

c) Estabelecer a correspondência entre a representação numérica e a quantidade.

d) Classificar os números em pares e ímpares.

e) Reconhecer os numerais escritos por extenso.


2. Ao resolver o problema "Maria tinha 5 balas e ganhou mais 3 de sua amiga. Quantas balas Maria tem agora?" qual habilidade do pensamento lógico-matemático os alunos estão exercitando?

a) Identificação de padrões.

b) Classificação e seriação.

c) Conservação de quantidade.

d) Ordenação e sequenciamento.

e) Resolução de problemas aditivos.


3. Na hora do recreio, quatro amigos estão discutindo sobre qual é a melhor forma de organizar as filas na cantina da escola. O João sugere que as filas sejam organizadas pelo tamanho das camisetas dos alunos, do menor para o maior. A Maria discorda e propõe que as filas sejam organizadas pela ordem alfabética dos nomes dos alunos. Qual é o principal critério lógico envolvido nessa discussão?

a) Classificação.

b) Seriação.

c) Sequenciamento.

d) Ordenação.

e) Classificação.


4. Qual é o principal objetivo da abordagem preconizada pela BNCC ao destacar a importância da resolução de problemas contextualizados?

a) Desenvolver o raciocínio lógico-dedutivo dos alunos.

b) Aumentar a velocidade de cálculo dos alunos.

c) Memorizar algoritmos matemáticos.

d) Treinar a aplicação de fórmulas matemáticas.

e) Estimular a capacidade de resolver problemas do cotidiano.


5. Qual é o principal objetivo da atividade proposta pelo professor em uma escola quilombola, em que os alunos devem utilizar os conhecimentos prévios sobre medidas de comprimento para medir os terrenos das casas da comunidade?

a) Valorizar e resgatar os conhecimentos matemáticos tradicionais da comunidade.

b) Padronizar os conhecimentos matemáticos dos alunos de acordo com o currículo oficial.

c) Desenvolver o pensamento lógico-dedutivo dos alunos.

d) Treinar a aplicação de fórmulas matemáticas.

e) Estimular a capacidade de resolver problemas abstratos.


6. Qual é o principal objetivo do uso do ábaco durante uma aula sobre números decimais?

a) Desenvolver a habilidade de contar oralmente até 100.

b) Identificar os números escritos de 0 a 9.

c) Estabelecer a correspondência entre a representação numérica e a quantidade.

d) Facilitar a visualização e compreensão dos números decimais.

e) Reconhecer os numerais escritos por extenso.


7. Qual é a principal vantagem das atividades práticas que envolvem o uso de jogos e materiais manipulativos na promoção da alfabetização matemática dos alunos?

a) Promover a memorização de conceitos matemáticos.

b) Desenvolver o pensamento lógico abstrato dos alunos.

c) Estimular a aprendizagem autônoma e colaborativa.

d) Aprimorar a velocidade de cálculo dos alunos.

e) Padronizar os métodos de ensino de matemática.


8. Discorra sobre o que é Analfabetismo Matemático e como ele nos afeta enquanto sociedade. 

9. O desenvolvimento do pensamento lógico-matemático é fundamental para o sucesso acadêmico e profissional dos indivíduos, bem como para o seu pleno exercício de cidadania. Nesse contexto, explique como o pensamento lógico-matemático contribui para o processo de resolução de problemas do cotidiano, para a tomada de decisões informadas e para o desenvolvimento de habilidades cognitivas essenciais, tais como análise, síntese, abstração e raciocínio dedutivo.

10. A Matemática é uma das disciplinas fundamentais presentes na Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que estabelece os conhecimentos, competências e habilidades essenciais que todos os alunos devem desenvolver ao longo da Educação Básica. Diante disso, discorra sobre o papel da Matemática na BNCC e sua contribuição para a formação integral dos estudantes. 

11.Relate e reflita sobre as principais dificuldades dos pedagogos de ministrar a disciplina de Matemática para as series iniciais a partir da pesquisa desenvolvida no paper.

12. Explique o conceito de número, a diferença entre número e numeração e como isto influencia o desenvolvimento das operações matemáticas.


Gabarito:

1. c) Estabelecer a correspondência entre a representação numérica e a quantidade.

2. e) Resolução de problemas aditivos.

3. e) Ordenação.

4. e) Estimular a capacidade de resolver problemas do cotidiano.

5. a) Valorizar e resgatar os conhecimentos matemáticos tradicionais da comunidade.

6. d) Facilitar a visualização e compreensão dos números decimais.

7. b) Desenvolver o pensamento lógico abstrato dos alunos.

8. Alternativas variadas.

9. Alternativas variadas.

10. Alternativas variadas.

11. Alternativas variadas

12. Alternativas variadas

AULA 9

ADIÇÃO E SUBTRAÇÃO 

Pré-Requisitos para a Aprendizagem de Adição e Subtração:

Antes de aprender adição e subtração, os alunos precisam ter um entendimento básico de contagem e de números. Eles devem ser capazes de contar de forma sequencial, entender a correspondência um a um entre objetos e números, reconhecer os símbolos numéricos e compreender o conceito de quantidade. Além disso, é importante que os alunos tenham desenvolvido habilidades de raciocínio lógico para compreender as relações entre os números, como maior que, menor que e igual a.

Conceitos e Algoritmos de Adição e Subtração:

- Adição: A adição é uma operação matemática que combina duas ou mais quantidades para encontrar o total. Ela é representada pelo símbolo "+". O processo de adição envolve somar os valores das quantidades para obter um resultado chamado de soma. Por exemplo, ao adicionar 3 e 5, obtemos 8 (3 + 5 = 8).

- Subtração: A subtração é uma operação matemática que consiste em remover uma quantidade de outra quantidade maior para encontrar a diferença entre elas. Ela é representada pelo símbolo "-". O processo de subtração envolve diminuir o valor de uma quantidade pelo valor de outra para obter um resultado chamado de diferença. Por exemplo, ao subtrair 7 de 12, obtemos 5 (12 - 7 = 5).

Uso de Material Dourado no Ensino de Adição e Subtração:

O material dourado, também conhecido como material Montessori ou material manipulativo, é frequentemente utilizado no ensino de matemática, incluindo adição e subtração. Consiste em blocos de diferentes tamanhos e cores, representando unidades, dezenas, centenas e assim por diante. Seus principais benefícios no ensino dessas operações incluem:

- Visualização e Manipulação: O material dourado permite que os alunos visualizem e manipulem as quantidades de forma concreta, facilitando a compreensão dos conceitos abstratos de adição e subtração.

- Construção de Conceitos: Ao utilizar o material dourado, os alunos podem construir conceitos matemáticos de forma progressiva, começando com quantidades menores e avançando para quantidades maiores à medida que desenvolvem sua compreensão.

- Aprendizagem Ativa: O uso de material manipulativo envolve os alunos de forma ativa em seu próprio processo de aprendizagem, promovendo a exploração, experimentação e descoberta.

- Desenvolvimento de Estratégias: Ao trabalhar com o material dourado, os alunos desenvolvem estratégias para resolver problemas de adição e subtração, como contagem, agrupamento e decomposição, além de compreenderem a relação entre as diferentes ordens de magnitude.

Portanto, o uso de material dourado é uma ferramenta eficaz para tornar o ensino de adição e subtração mais concreto, significativo e envolvente para os alunos, contribuindo para o desenvolvimento de sua proficiência matemática.



 AULA 10 

MULTIPLICAÇÃO E DIVISÃO 


No ensino das operações matemáticas de multiplicação e divisão, é fundamental incentivar os alunos a explorarem sua criatividade na resolução de problemas. Ao invés de simplesmente seguir algoritmos padronizados, os alunos podem desenvolver métodos próprios que reflitam sua compreensão dos conceitos matemáticos. Essa abordagem não só promove um aprendizado mais significativo, como também estimula o pensamento crítico e a resolução de problemas de forma mais flexível.

Uma maneira eficaz de fomentar a criatividade matemática é introduzir o papel quadriculado como ferramenta pedagógica. Esse recurso permite que os alunos visualizem e representem problemas de multiplicação e divisão de forma mais tangível. Eles podem usar o papel quadriculado para organizar informações, criar modelos e visualizar padrões matemáticos, o que facilita a compreensão dos conceitos abstratos envolvidos.

Além disso, a literatura matemática pode desempenhar um papel importante no processo de ensino-aprendizagem. Integrar livros e histórias que abordem conceitos matemáticos de forma lúdica e envolvente pode estimular o interesse dos alunos e tornar o aprendizado mais contextualizado. Narrativas que apresentem problemas matemáticos desafiadores incentivam os alunos a pensar criativamente para resolvê-los, enquanto atividades de leitura e discussão exploram as conexões entre a matemática e outras áreas do conhecimento.

Em resumo, ao permitir que os alunos criem seus próprios métodos para realizar multiplicação e divisão, utilizando recursos como papel quadriculado e literatura matemática, os educadores estão promovendo um aprendizado mais significativo e estimulante. Essas estratégias não apenas ajudam os alunos a desenvolver suas habilidades matemáticas, mas também os capacitam a pensar criticamente, comunicar ideias e aplicar conhecimentos em situações do mundo real.

SLIDES AULA 10


AULA 11 

FRAÇÕES

Dominando Frações: Operações e Propriedades

As frações são como peças de quebra-cabeça matemático, que, quando entendidas e manipuladas corretamente, revelam uma visão mais clara e profunda do mundo dos números. Se você já se viu confuso com frações ou deseja aprimorar seu domínio sobre elas, está no lugar certo. Neste artigo, exploraremos as operações básicas com frações e algumas de suas propriedades fundamentais, desvendando os segredos por trás desses números quebrados.

Entendendo as Operações Básicas

Vamos começar do básico: adição, subtração, multiplicação e divisão de frações. Imagine que você está compartilhando uma pizza com amigos. Cada fatia representa uma fração do todo, e as operações com frações funcionam de maneira semelhante.

1. Adição e Subtração: Ao adicionar ou subtrair frações, precisamos garantir que elas tenham o mesmo denominador. Se as fatias de pizza forem do mesmo tamanho, a adição é simples: basta somar os numeradores e manter o denominador. Por exemplo, 1/4 + 1/4 = 2/4, que pode ser simplificado para 1/2. Se as fatias forem de tamanhos diferentes, é necessário encontrar um denominador comum antes de realizar a operação.

2. Multiplicação: Para multiplicar frações, multiplicamos os numeradores entre si e os denominadores entre si. Por exemplo, 1/2 * 2/3 = (1 * 2) / (2 * 3) = 2/6, que pode ser simplificado para 1/3.

3. Divisão: Na divisão de frações, multiplicamos a primeira fração pelo inverso da segunda fração. Por exemplo, 1/2 ÷ 3/4 é o mesmo que 1/2 * 4/3 = 4/6, que pode ser simplificado para 2/3.

Propriedades das Frações

Além das operações básicas, as frações possuem algumas propriedades interessantes que facilitam o seu uso e compreensão:

1. Comutatividade da Adição e Multiplicação: A ordem das frações não altera o resultado das operações de adição e multiplicação. Por exemplo, a + b = b + a e ab = ba.

2. Associatividade da Adição e Multiplicação: A maneira como agrupamos as frações em uma operação não afeta o resultado. Por exemplo, (a + b) + c = a + (b + c) e (ab)c = a(bc).

3. Elemento Neutro: O número 0 é o elemento neutro da adição de frações, e o número 1 é o elemento neutro da multiplicação de frações. Por exemplo, a + 0 = a e a * 1 = a.

4. Propriedade Distributiva: A multiplicação é distributiva sobre a adição. Por exemplo, a(b + c) = ab + ac.

Conclusão

Dominar as operações e propriedades das frações é essencial para uma sólida compreensão da matemática e sua aplicação em várias áreas da vida. Com este guia, você deu um passo importante em direção ao domínio desses números quebrados e está pronto para enfrentar desafios matemáticos mais complexos. Então, da próxima vez que se deparar com uma fração, lembre-se: ela não é um mistério, mas sim uma ferramenta poderosa para decifrar o mundo dos números.

SLIDES AULA 11

AULA 12 

TRANSTORNOS DA APRENDIZAGEM MATEMÁTICA 

A matemática é uma linguagem universal que permeia todas as áreas da vida, desde cálculos simples até conceitos complexos de física e engenharia. No entanto, para algumas pessoas, a compreensão e aplicação dos números podem se tornar um verdadeiro desafio devido a uma condição chamada discalculia. Este distúrbio de aprendizagem específico afeta a capacidade de uma pessoa entender e manipular números, e pode se manifestar de várias maneiras, incluindo os tipos verbal, practognóstica, léxica, gráfica, ideognóstica e racional.

1. Discalculia Verbal: Este tipo de discalculia afeta a compreensão de termos e conceitos matemáticos. Por exemplo, uma pessoa com discalculia verbal pode ter dificuldade em entender palavras-chave em problemas matemáticos, como "maior" e "menor", ou em lembrar os passos de uma operação matemática.

2. Discalculia Practognóstica: Aqui, a pessoa tem dificuldade em realizar ou reconhecer sequências de movimentos necessárias para resolver problemas matemáticos. Por exemplo, eles podem ter dificuldade em lembrar a sequência correta de etapas para resolver uma equação ou problema de geometria.

3. Discalculia Léxica: Neste tipo de discalculia, a dificuldade está na leitura e compreensão de símbolos e números. Por exemplo, uma pessoa com discalculia léxica pode confundir números semelhantes, como 6 e 9, ou ter dificuldade em reconhecer números escritos de formas diferentes.

4. Discalculia Gráfica: Aqui, a pessoa tem dificuldade em escrever ou copiar símbolos e números corretamente. Por exemplo, eles podem inverter ou distorcer os números ao escrevê-los ou ter dificuldade em alinhar corretamente os números em uma coluna durante a realização de cálculos.

5. Discalculia Ideognóstica: Este tipo de discalculia afeta a capacidade de compreender conceitos abstratos de matemática. Por exemplo, uma pessoa com discalculia ideognóstica pode ter dificuldade em entender conceitos como frações, porcentagens ou proporções.

6. Discalculia Racional: Aqui, a pessoa tem dificuldade em aplicar o raciocínio lógico e a resolução de problemas matemáticos. Por exemplo, eles podem ter dificuldade em entender o raciocínio por trás de uma determinada operação matemática ou em aplicar conceitos matemáticos a situações do mundo real.

É importante reconhecer que a discalculia pode se manifestar de maneiras diferentes em cada indivíduo e que o apoio adequado e a compreensão das necessidades específicas de cada pessoa são essenciais para ajudá-las a superar os desafios matemáticos. Compreender os diferentes tipos de discalculia é o primeiro passo para fornecer esse apoio e garantir que todos tenham a oportunidade de desenvolver suas habilidades matemáticas e alcançar seu pleno potencial.


SLIDES DA AULA 12



AULA 13

MATEMÁTICA INCLUSIVA 

O ensino de matemática inclusivo é uma abordagem pedagógica essencial para garantir que todos os alunos, independentemente de suas capacidades, tenham acesso a uma educação de qualidade. No contexto de alunos com deficiência intelectual, autismo e deficiência auditiva, os desafios são diversos, mas com intervenções e adaptações adequadas, é possível criar um ambiente de aprendizagem que promove o desenvolvimento e a participação de todos. Este artigo apresenta estratégias e dicas práticas para o ensino de matemática inclusivo, visando atender às necessidades específicas desses alunos.

 Deficiência Intelectual

Alunos com deficiência intelectual apresentam limitações no funcionamento intelectual e no comportamento adaptativo, afetando habilidades como raciocínio, resolução de problemas e compreensão de conceitos abstratos. Aqui estão algumas intervenções e adaptações para apoiar esses alunos:

1. Uso de Materiais Concretos: Utilizar objetos físicos como blocos, moedas e figuras geométricas para ajudar na compreensão de conceitos matemáticos abstratos.

   - Exemplo: Usar blocos para ensinar adição e subtração, permitindo que o aluno manipule os objetos e visualize a operação.

2. Instruções Simples e Claras: Dar instruções de maneira clara e direta, usando linguagem simples e evitando termos complexos.

   - Exemplo: "Vamos contar os blocos. Coloque dois blocos aqui e depois adicione mais três."

3. Repetição e Prática Frequente: Repetir conceitos e operações matemáticas várias vezes e em diferentes contextos para reforçar o aprendizado.

   - Exemplo: Praticar a adição de diferentes conjuntos de números diariamente, usando atividades variadas.

4. Divisão de Tarefas em Etapas Menores: Quebrar tarefas complexas em etapas menores e mais gerenciáveis, proporcionando um guia passo a passo.

   - Exemplo: Ao resolver um problema de matemática, dividir a solução em etapas como identificar os números, entender a operação, realizar a operação e verificar a resposta.

 Autismo

Alunos com Transtorno do Espectro Autista (TEA) podem apresentar dificuldades em comunicação, interação social e comportamento restrito ou repetitivo. As seguintes estratégias podem ser eficazes:

1. Uso de Rotinas Visuais: Criar rotinas visuais com imagens e símbolos para ajudar na compreensão e execução de tarefas matemáticas.

   - Exemplo: Um quadro com imagens sequenciais mostrando os passos para resolver uma equação.

2. Ambiente de Aprendizagem Estruturado: Manter uma sala de aula organizada e previsível, minimizando distrações e promovendo um ambiente calmo e estruturado.

   - Exemplo: Ter um canto específico para atividades matemáticas com materiais organizados e de fácil acesso.

3. Tecnologia Assistiva: Utilizar aplicativos e softwares educativos que ofereçam suporte visual e interativo para o ensino de matemática.

   - Exemplo: Aplicativos de matemática que oferecem feedback imediato e usam animações para explicar conceitos.

4. Interação Social Guiada: Planejar atividades que incentivem a colaboração e a comunicação entre alunos, com orientação e suporte do professor.

   - Exemplo: Jogos de matemática em dupla, onde cada aluno desempenha um papel específico e segue instruções claras para completar a atividade.

 Deficiência Auditiva

Alunos com deficiência auditiva podem enfrentar desafios na comunicação verbal e no acesso à informação auditiva. Aqui estão algumas adaptações e intervenções úteis:

1. Uso de Linguagem de Sinais: Incorporar a linguagem de sinais na instrução matemática para alunos que utilizam essa forma de comunicação.

   - Exemplo: Ensinar sinais específicos para operações matemáticas e números, facilitando a compreensão das instruções.

2. Suporte Visual: Utilizar recursos visuais, como gráficos, diagramas e legendas, para complementar as explicações verbais.

   - Exemplo: Apresentar problemas matemáticos com suporte visual, como diagramas de barras ou desenhos ilustrativos.


3. Tecnologia de Apoio Auditivo: Implementar dispositivos de amplificação de som e sistemas de frequência modulada (FM) para melhorar a qualidade do som recebido pelos alunos.

   - Exemplo: Usar um microfone FM que transmite a voz do professor diretamente para o aparelho auditivo do aluno.


4. Ambiente Favorável à Leitura Labial: Garantir que o aluno possa ver claramente o rosto do professor e dos colegas para facilitar a leitura labial.

   - Exemplo: Manter boa iluminação na sala de aula e posicionar o aluno de frente para o professor durante explicações importantes.

A criação de um ambiente de aprendizagem inclusivo para o ensino de matemática exige sensibilidade às necessidades específicas de cada aluno e a implementação de estratégias diversificadas. Professores capacitados e preparados para adotar abordagens diferenciadas podem fazer uma diferença significativa na vida de alunos com deficiência intelectual, autismo e deficiência auditiva. Ao utilizar materiais concretos, rotinas visuais, tecnologia assistiva e adaptar o ambiente de ensino, é possível promover a participação ativa e o sucesso acadêmico desses alunos, contribuindo para uma educação mais justa e inclusiva. 

SLIDE AULA 13

AULA 14

REVISÃO 

LISTA DE EXERCÍCO DINÂMICA

LISTA PARA IMPRIMIR

GABARITO DA LISTA DE EXERCÍCIO

SLIDES DA REVISÃO


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

BOAS VINDAS

PROJETO APRENDER A APRENDER